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BC sobe para 8,5% estimativa de inflação em 2021 e admite ofic | Canal da Economia

BC sobe para 8,5% estimativa de inflação em 2021 e admite oficialmente estouro da meta
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/09/30/bc-sobe-para-85percent-estimativa-de-inflacao-em-2021-e-admite-oficialmente-estouro-da-meta.ghtml

Probabilidade de a inflação ficar acima do teto da meta passou de 74%, em junho, para 100% em setembro. BC projeta inflação de 3,7% no próximo ano, acima da meta central mas dentro do intervalo de tolerância. O Banco Central informou nesta quinta-feira (30) que subiu de 5,8% para 8,5% sua estimativa de inflação para o ano de 2021, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A expectativa, que consta no relatório de inflação do terceiro trimestre deste ano, considera a trajetória estimada pelo mercado financeiro para a taxa de juros e de câmbio neste ano e no próximo.
O Banco Central informou, ainda, que a probabilidade de a inflação superar o teto da meta de 5,25% para este ano passou de 74%, em junho de 2021, para 100% no documento divulgado nesta quarta-feira.
Com isso, o Banco Central admitiu formalmente, pela primeira vez, que a meta não será cumprida neste ano. Quando isso acontece, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
O centro da meta de inflação, em 2021, é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do BC está bem acima do teto do sistema de metas.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.
Entre outros, segundo o BC, o aumento da inflação, neste ano, é resultado:
Do significativo aumento dos preços de "commodities" (produtos básicos com cotação internacional, como alimentos, minérios e petróleo, que impulsiona o preço dos combustíveis);
Da crise energética, por meio dos seus efeitos nas bandeiras tarifárias, o que representou nova onda de choque de custos na economia;
Da recuperação da atividade econômica, com a aceleração da vacinação atuando para diminuir a incerteza e impulsionar a demanda por serviços.
Próximos anos
Para 2022 e 2023, no cenário de mercado (Selic e câmbio projetados pelos bancos), o Banco Central projetou uma inflação de, respectivamente, 3,7% e de 3,2%. Em março, a instituição estimava que o IPCA ficaria, respectivamente, em 3,5% e em 3,3%.
No ano que vem, a meta central de inflação para o ano que vem é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%. Em 2023, o objetivo central é de 3,25%, com um piso de 1,75% e um teto de 4,75% por conta do intervalo de tolerância existente.
Taxa de juros
Quando as estimativas para a inflação estão em linha ou abaixo das metas, o BC pode reduzir os juros. Quando previsões estão acima da trajetória esperada, a taxa Selic é elevada.
Com a alta recente da inflação, o Banco Central promoveu, em março, na primeira elevação em quase seis anos - quando a taxa básica da economia foi aumentada para 2,75% ao ano. Em maio, o Copom elevou o juro para 3,5% ao ano e, em junho, a taxa avançou ara 4,25% ao ano. Em agosto, a taxa subiu para 5,25% ao ano e, na semana passada, foi elevada para 6,25% ao ano.
O Banco Central indicou, ainda, que deve promover um novo aumento de um ponto percentual na taxa básica de juros no fim de outubro, o que levaria a Selic para 7,25% ao ano. A instituição sinalizou, também, que o ciclo total de alta dos juros tende a ser maior do que o previsto anteriormente, ou seja, que os juros vão subir mais nos próximos meses.
A expectativa dos economistas dos bancos até a semana passada, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central, é de que a taxa Selic continue avançando nos próximos meses, e que atinja 8,25% ao ano em 2021 e 8,5% ao final de 2022.