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Na abertura da 12ª Conferência Ministerial da OMC, Ngozi Okonj | Canal da Economia

Na abertura da 12ª Conferência Ministerial da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala falou em uma 'policrise' causada pela pandemia de Covid-19, a guerra na Ucrânia e crises de alimentos e energia Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, em discurso na cerimônia de abertura da 12ª Conferência Ministerial da OMC, realizada em Genebra, na Suíça
REUTERS
A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala discursou na abertura da 12ª Conferência Ministerial da OMC, em Genebra, na Suíça, neste domingo (12), e mostrou otimismo cauteloso de que os 164 ministros do Comércio reunidos chegarão a acordos globais nesta semana, mas alertou que o caminho será turbulento e com obstáculos. 
A diretora-geral disse que o mundo mudou desde a última conferência de ministros da OMC, realizada há quase cinco anos. 
"Eu queria poder dizer que [mudou] para melhor. Certamente se tornou mais complicado", disse ela em coletiva de imprensa antes da Conferência, que acontece de 12 a 15 de junho, listando a pandemia de Covid-19, a guerra na Ucrânia e as amplas crises de alimentos e energia como partes de uma "policrise". 
Em seu discurso, a chefe da OMC pediu aos que ministros que "mostrem ao mundo que a Organização pode assumir suas responsabilidades" e alcançar acordos sobre temas como redução de subsídios à pesca, ampliação do acesso a vacinas contra Covid-19, segurança alimentar e definição de um rumo para a reforma da própria OMC.
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"O que resta a ser decidido requer vontade política -- e eu sei que vocês têm -- para nos levar até a linha de chegada", disse ela, alertando que será um desafio.
Antes do início da conferência neste domingo, ela afirmou em entrevista coletiva que "mesmo chegando a um ou dois, não será um caminho fácil".
"Será caótico e teremos algumas minas ao longo do percurso. Teremos que evitá-las", afirmou Ngozi, que é a primeira mulher e a primeira africana a ser diretora geral da organização.
A OMC funciona por consenso, o que exige a aprovação dos 164 países membros para a conclusão de um acordo.
A organização perdeu relevância nos últimos anos porque não foi capaz de concluir grandes acordos - o último deles aconteceu em 2013.
Crise alimentar
Uma das expectativas da Conferência é encontrar solução para o grave risco de uma crise alimentar que ameaça o mundo, especialmente países mais pobres, devido à invasão russa da Ucrânia, que provocou um aumento no preço dos alimentos.
Já foi apresentado um projeto de declaração ministerial, que promete "tomar medidas concretas" para facilitar o comércio e melhorar o funcionamento dos mercados, "incluindo os de grãos e fertilizantes". O texto afirma que priorizará países de menor poder aquisitivo.
Diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, o ex-ministro da economia do Cazaquistão, Timur Suleimenov, e o embaixador da Suíça e representante do país na OMC, durante cerimônia de abertura da 12ª Conferência Ministerial da OMC.
REUTERS
Sobre a crise alimentar, o vice-ministro russo, Vladimir Ilichev, pediu a seus colegas que analisem a situação de maneira "objetiva e equilibrada", com a promessa de que a Rússia terá participação "ativa e responsável" para abastecer o mercado mundial de alimentos.
Antes da fala de Ilichev, mais de 50 países prestaram solidariedade à Ucrânia em declaração conjunta, dirigida ao representante comercial ucraniano, Taras Kachka.
No rol da crise alimentar, a pesca também é uma questão fundamental, em particular devido à tentativa de eliminar os subsídios que podem incentivar práticas ilegais vinculadas à pesca.