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Ibovespa vira para queda com exterior se somando a clima pré-m | InfoMoney

Ibovespa vira para queda com exterior se somando a clima pré-manifestações no Brasil; dólar cai a R$ 5,17

SÃO PAULO - O Ibovespa opera em queda nesta sexta-feira (3) pressionado pelo ambiente negativo no exterior depois de um dado de emprego decepcionante nos Estados Unidos e, somando-se a isso, um clima de tensão antes das manifestações a favor e contra o governo marcadas para o dia 7 de setembro.

Há pouco, o presidente Jair Bolsonaro disse que ele e seus apoiadores "mostrarão o que fazer a quem quiser jogar fora das quatro linhas da Constituição" e que o 7 de setembro será "um ultimato para duas pessoas que precisam entender seu lugar", presumivelmente referindo-se aos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Mais cedo, a Bolsa já perdia o ímpeto comprador do início da sessão devido ao desempenho das bolsas internacionais, que caem com o dado decepcionante de emprego nos Estados Unidos em agosto. O payroll mostrou a criação de 235 mil vagas no país em agosto, número bem abaixo dos 750 mil esperados segundo estimativas coletadas pela Refinitiv.

Por um lado, o dado preocupa por confirmar a desaceleração na retomada do mercado de trabalho americano que já havia sido indicada pelo Relatório de Emprego ADP, por outro, indica que o Federal Reserve talvez precise esperar mais e ser mais cauteloso antes de reduzir os estímulos mensais.

Vale lembrar que na véspera o Ibovespa já recuou mais de 2%. A baixa de ontem foi consequência da aprovação na Câmara dos Deputados da reforma do Imposto de Renda e de outros fatores políticos como crise hídrica e derrotas do governo no Senado prejudicaram o ânimo dos investidores.

Agora pela manhã o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu palestra em evento promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo. No evento, o chairman disse que o Banco Central será mais transparente em relação à modelagem que considera em seus cálculos para o hiato de produto para que o mercado entenda a atuação da autoridade monetária.

"Talvez isso explique um pouco a diferença do que o Banco Central tem achado em termos de inflação para o que o mercado acha e a gente vai começar a ser cada vez mais transparente na nossa modelagem para que o mercado entenda por que que nós tomamos as nossas medidas, por que que fazemos as coisas do jeito que a gente faz, qual é o objetivo das medidas", afirmou.

Campos Neto pontuou ainda que a última bandeira da crise hídrica “realmente impacta bastante” a inflação. Segundo Campos Neto, a incorporação desse efeito dos preços de eletricidade tem afetado o aumento nas expectativas de inflação para este ano, também influenciando 2022.

Já o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, fala no começo desta tarde e o ministro da Economia, Paulo Guedes, discursará às 18h.

Às 12h07 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,51% a 116.085 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial tem queda de 0,17% a R$ 5,175 na compra e a R$ 5,176 na venda. Já o dólar futuro com vencimento em outubro recua 0,26% a R$ 5,191.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe dois pontos-base a 6,88%, DI para janeiro de 2023 tem alta de cinco pontos-base a 8,72%, DI para janeiro de 2025 avança oito pontos-base a 9,86% e DI para janeiro de 2027 registra variação positiva de 10 pontos-base a 10,30%.