2022-06-18 13:17:08
Sondagem trimestral da Robert Half registra melhora das perspectivas de profissionais com e sem emprego e recrutadores sobre cenário atual e futuro do mercado. Trabalho
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A 20ª edição do Índice de Confiança Robert Half, estudo trimestral que mede a percepção dos profissionais qualificados em relação ao mercado de trabalho, mostra que a confiança dos colaboradores continua em alta, tanto em relação ao momento presente quanto à expectativa para os próximos meses.
A 19ª edição já havia apontado o maior otimismo quanto ao mercado de trabalho desde o início da pandemia, o que se repetiu nesta nova sondagem.
Dos 100 pontos possíveis, o índice do momento presente atingiu 36,8, avanço de 1,3 ponto na comparação com março (35,5). Em relação à expectativa para a situação futura, o estudo apresentou ligeiro crescimento, de 48,8 para 48,9, mas ainda longe do índice registrado em março de 2020 (56,7), quando começou a pandemia.
No caso da situação atual, o índice se aproxima do registrado em março de 2020, cuja medição foi feita antes do início oficial da quarentena.
O patamar é considerado otimista quando o índice fica acima dos 50 pontos.
Expectativa melhora entre os desempregados
O Índice de Confiança Robert Half abrange três categorias: profissionais empregados, profissionais desempregados e recrutadores.
Em relação à situação atual, os indicadores melhoraram tanto para os desempregados quanto para os profissionais qualificados permanentes, que obtiveram a maior pontuação da série histórica (a pesquisa completou cinco anos nesta edição), mesmo que ainda não tenham alcançado o patamar otimista (acima de 50 pontos).
Por outro lado, o grupo de recrutadores, em alta nas últimas edições, se mostrou mais cético e sinalizou piora em seu nível de confiança.
Para os próximos seis meses, apenas os desempregados apresentaram alta na expectativa. Empregados e recrutadores recuaram de forma moderada, porém, os profissionais que têm participação no preenchimento das vagas ainda se mantêm em um cenário otimista quando avaliam o futuro, com 51,4 pontos.
“Mais uma vez, o indicador da situação atual apresenta o melhor índice desde o início da pandemia. Esse aumento gradual de confiança para o presente também é um forte indicador de retomada, pois demonstra que o mercado não está parado, as ações estão sendo realizadas. Por outro lado, não podemos relevar que anos de eleições colocam muitas empresas em compasso de espera, o que pode interferir no olhar para o futuro ”, aponta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
Modelo híbrido segue como preferência
A pesquisa mostra ainda a tendência de evolução dos modelos de trabalho flexível e da consequente ruptura do pensamento que associa produtividade ao trabalho integralmente presencial.
Para 57% dos recrutadores entrevistados, as empresas para as quais trabalham devem adotar o modelo híbrido de trabalho daqui para a frente.
Além deles, 33% indicaram que planejam retornar ao modelo 100% presencial e 10% disseram que permanecerão integralmente em home office.
De acordo com o levantamento, 73% das empresas que optaram pelo modelo híbrido já definiram qual é o planejamento em relação à quantidade de dias no escritório. De forma ainda mais flexível, 27% dos entrevistados afirmaram deixar a escolha a critério dos colaboradores. Veja abaixo a exigência de dias no escritório segundo as empresas:
3 dias na semana: 29%
2 dias na semana: 27%
4 dias na semana: 10%
1 dia na semana: 7%
Busca por mão de obra qualificada ainda é desafio
Segundo 76% dos recrutadores entrevistados, encontrar profissionais com os requisitos técnicos e comportamentais necessários para o preenchimento das vagas em aberto está difícil ou muito difícil. Na última edição do estudo, essa porcentagem foi de 74%.
Na visão de 70%, o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 22% acreditam que a busca ficará ainda mais difícil.
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