2022-05-31 01:00:52
Principais riscos dos FIIs
Todo mundo sabe (ou deveria saber) que, por mais seguro que seja um investimento, há sempre algum risco envolvido, por menor que seja. Com os FIIs não é diferente: sim, FIIs também tem seus riscos. É importante você conhecer os dois lados antes de investir, e saber que uma boa análise consiste em selecionar FIIs com boa relação risco X retorno. Então vamos conhecer os riscos!
Risco de administração: por mais que o fundo possua um regulamento, o mesmo permite ao administrador/gestor certo grau de liberdade, e esta liberdade eventualmente pode gerar má administração do patrimônio do fundo, afetando negativamente o FII.
Risco de crédito: é o risco relacionado à títulos que podem vir a compor a carteira do FII, como por exemplo os CRIs. O risco que existe nesta situação é a remuneração dos papéis, ou seja, existe o risco de o título não remunerar adequadamente o FII, o que pode prejudicá-lo.
Risco de desapropriação: um FII eventualmente pode ter seu imóvel desapropriado.
Risco de especificidade: relacionado principalmente à imóveis construídos de maneira muito específica, dado que pode ser difícil encontrar outro locatário para esse imóvel mais específico. Sim, os contratos desses tipos de construção têm suas garantias, mas mesmo assim, um dia o contrato vence.
Risco de execução: este risco, na verdade, é uma compilação de muitos outros riscos. Neste caso, o risco está relacionado à construção de imóveis, que podem sofrer com atrasos, paralizações, custos adicionais... enfim, os riscos envolvidos em uma obra.
Risco físico (também conhecido como risco de sinistro): os imóveis de um FII podem ser afetados de diferentes maneiras, como catástrofes naturais, falha humana, falha de equipamento, execução incorreta de obra... enfim, o imóvel está exposto.
Risco de inadimplência: tem certa semelhança com o risco de crédito, porém neste caso a falta de pagamentos ocorre por parte do locatário, que pode não pagar o aluguel do mês. Claro que posteriormente esse valor é pago, mas até então, pode afetar as distribuições do fundo e ainda eventualmente existe o custo e a burocracia jurídica, podendo chegar ao despejo.
Risco jurídico: um FII está submetido às leis do País, e pode ocorrer de ocasionalmente descumprir alguma lei; tal fato pode, por exemplo, desencadear o pagamento de uma multa para regularizar a situação, o que afeta negativamente os cotistas, pois parte de seus rendimentos podem ser destinados ao pagamento da multa.
Risco de liquidez: a liquidez mede a capacidade de se converter determinado ativo financeiro em dinheiro; no caso dos FIIs, a facilidade de transformar cotas em dinheiro. O investidor só consegue fazer essa conversão vendendo as cotas para alguém, portanto, é preciso haver procura pelas cotas daquele FII; então, aqui, o risco é de eventualmente não existirem compradores para a cota ao preço que o detentor deseja vender.
Risco de mercado: é o risco da variação do preço do ativo no tempo. Claro que as cotas podem oscilar positivamente, mas elas também podem oscilar negativamente. Fatores como qualidade do FII, cenário econômico, oferta e demanda podem afetar diretamente esse quesito.
Risco de posição: aqui estão alguns eventos como concentração, pulverização e diluição. Uma emissão de cotas pode diluir a participação de um cotista; ou outro cotista pode aquirir posição relevante no FII, por exemplo.
Risco de sazonalidade: basicamente, é o risco da oscilação da receita de um FII no tempo, normalmente de forma periódica. Um dos melhores exemplos para este risco são os shoppings: em determinadas épocas do ano, os shoppings registram muitas vendas; já em outras épocas, as vendas não são tão boas, e isso de repete de maneira cíclica, em períodos determinados.
Risco de vacância: o imóvel de um fundo pode ficar um tempo sem ser alugado; dessa maneira, o imóvel pertence ao fundo, mas não gera renda para o cotista. Quanto maior for o tempo vago, mais o cotista é afetado.
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